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Enchentes no Sul do Brasil ameaçam economia nacional, alerta FecomercioSP

FecomercioSP aponta que danos podem superar os causados pelo rompimento da barragem de Brumadinho

Porto Alegre (RS) — As recentes enchentes que assolaram o estado do Rio Grande do Sul estão levantando sérias preocupações quanto aos impactos econômicos que poderão ser sentidos em todo o Brasil. De acordo com a  Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo – FecomercioSP, os prejuízos resultantes dessas inundações podem superar os causados pelo trágico rompimento da barragem de Brumadinho, em Minas Gerais.

Enquanto o desastre em Brumadinho resultou em uma queda de 0,2% no Produto Interno Bruto – PIB do país em 2019, o que equivale a cerca de R$ 20 bilhões em valores atuais, a FecomercioSP alerta que as perdas no Rio Grande do Sul têm potencial para serem ainda mais significativas.

Itens cruciais para a economia nacional, como arroz, derivados do leite e diversas frutas, estão entre os mais afetados pela catástrofe. O Rio Grande do Sul é o maior produtor de arroz do país, e mesmo com a maior parte da safra já colhida, há incertezas sobre os estoques remanescentes e o impacto sobre o restante da produção.

No setor lácteo, as inundações recentes resultaram na morte de parte do rebanho, comprometendo a produção subsequente de leite. A qualidade da água ingerida pelos animais sobreviventes também gera preocupações quanto à saúde e produção futura.

Além dos danos diretos à agricultura e pecuária, os bloqueios de rodovias, seja por alagamentos ou destruição, estão afetando severamente a logística e o escoamento de produtos da região. A paralisação de indústrias locais, bem como a interrupção do fornecimento de matéria-prima para outras indústrias, como a do aço, também são consequências preocupantes apontadas pela FecomercioSP.

No setor do turismo, as enchentes já estão causando impactos imediatos, com o fechamento do Aeroporto Salgado Filho até o final do mês. Essa interrupção afeta não só as viagens locais, mas também compromete aproximadamente 3% da movimentação de passageiros em todo o país.

Diante desse cenário desafiador, autoridades e setores econômicos estão atentos aos desdobramentos das enchentes no Sul do Brasil e aos esforços necessários para mitigar os impactos sobre a economia nacional.

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