O jornalista e documentarista Olímpio Guarany empreende jornada navegando pelo rio Amazonas, reeditando a Expedição de Pedro Teixeira de 1637. O primeiro capítulo você confere, hoje, 25/1/21, neste portal.
Olá,
A partir de hoje estarei aqui para relatar o desenrolar da Expedição que estamos empreendendo. O objetivo é navegar toda extensão do rio Amazonas, a partir da foz até a confluência do rio Napo com o Aguarico, no Equador, reeditando a Expedição de Pedro Teixeira, o Conquistador da Amazônia, de 1637. Para você entender, vamos resumir o feito que marcou a história da Amazônia e do Brasil.
A História
Na primeira metade do século XVII, um fato marcou definitivamente a história do Brasil. Transcorria o ano de 1637 quando o governador do Maranhão, Jácome Raimundo Noronha, delegou a Pedro Teixeira a missão de subir rio Amazonas e chegar até Quito, no então Vice-Reino do Peru, para fazer um reconhecimento mais detalhado do rio das Amazonas e verificar se havia de fato um caminho da foz do rio até o Peru.
A Expedição de Teixeira que contou com 1.200 índios remadores e soldados portugueses, embarcados em 47 grandes canoas, foi revestida de sucesso. No retorno, Teixeira fez uma escala na confluência dos rios Aguarico e Napo. A história estava recebendo uma página estratégica: ali fundou uma povoação sob o nome Franciscana. Na solenidade jogou simbolicamente um punhado de terra para o ar e mandou lavrar uma ata do evento político e administrativo. Transcorria o dia de 16 de agosto de 1639.
A iniciativa de Noronha e Teixeira rompeu o Tratado de Tordesilhas. Na prática as terras então espanholas passaram a ser controladas pelos portugueses. Essa pendência geopolítica só foi resolvida pelo Tratado de Madri em 1750.
Pedro Teixeira se tornou um personagem tão importante na história do Brasil que é considerado o conquistador da Amazônia e seu nome é relembrado nas letras de hinos militares, cantados em coro por soldados em solenidades de formatura.
A nova descoberta do rio das Amazonas
A Expedição que ora se inicia tem por objetivo produzir uma série documental para TV e redes sociais, traçando um paralelo consistente entre a Expedição de Teixeira (1637-1639) e essa que estamos realizando quase 400 anos depois. Vamos estabelecer um comparativo entre as duas Amazônias separadas pelo tempo, apontando similitudes e diferenças, descrevendo e buscando explicações para o desenvolvimento histórico; identificando enigmas, escrevendo um atlas histórico, geográfico e cultural da região que fascina e desperta a curiosidade do mundo inteiro.
Agradecimentos:
Agradecemos o apoio do senador da República Lucas Barreto; da Marinha do Brasil, na pessoa do Almirante Ilques Albuquerque, Comandante Nacional ; da Praticagem do Brasil, através do presidente do Conapra, Ricardo Falcão; Norte Log Ltda, na pessoa do presidente Kleber Campos; da Rede Amazônica através do presidente Phelippe Daou Jr; AmazonSat; Portal Amazônia; CBN Amazônia; do Portal guaranyjunior.com.br e da Rádio 101 FM Macapá através de Reginaldo e Geovane Borges; do Armazém São José, através de Eduardo Pantoja.
Na próxima edição maiores detalhes dos preparativos e da partida para o primeiro trecho entre a foz do rio Amazonas, nas imediações de Macapá (AP), e Belém (PA).
Veja o video:
Só pra quê é da Amazônia não é difícil entender os encantos e mistérios, pois mesmo nós, que somos amazonidas, nos surpreendemos a cada nova caminhada.
Parabéns meu confrade, Olímpio Tavares Guarany. Ao mesmo tempo em que me orgulho de ser seu contemporâneo do rádio, também, quero aplaudir sua ousadia, desprendimento e coragem para realizar tão grande feito. Que o Senhor Deus continue te abençoando, e saiba, também me sinto parte desta expedição.